A notícia do falecimento do Papa Francisco nos enche de um misto de tristeza e saudade, mas também nos convida à gratidão. Gratidão por termos caminhado ao lado de um Papa que nos ensinou, com palavras simples e gestos profundos, o que significa viver o Evangelho nos dias de hoje.

Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano da história, não apenas rompeu protocolos. Ele rompeu distâncias. Foi o papa da ternura, da escuta, da periferia, do olhar atento aos pequenos. Com ele, aprendemos que a fé não pode ser algo distante, mas precisa tocar a vida concreta, o cotidiano, os relacionamentos, o trabalho, o cuidado com a casa comum.

Papa Francisco nos deixa um legado de esperança, amor e inspiração. Confira abaixo como ele nos ensinou a viver melhor.

Um papa com cheiro de ovelha

Desde o início de seu pontificado, em 2013, Papa Francisco deixou claro que sua missão era ser um pastor próximo das pessoas. Ele desafiou a Igreja a sair de si mesma, ir ao encontro do outro, especialmente dos mais pobres, dos excluídos e dos esquecidos.

“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças.” – Evangelii Gaudium

Papa Francisco

Essa coragem de ir às “periferias existenciais” inspirou milhões de fiéis a reavaliar o modo como viviam a fé e se relacionavam com o próximo.

O verdadeiro poder está no serviço

Papa Francisco nunca teve medo de tocar em temas delicados. Com humildade, ele lembrou o mundo de que o poder, quando cristão, deve ser serviço. Repetiu inúmeras vezes que quem quer ser grande deve aprender a servir.

“O verdadeiro poder é o serviço. É necessário que cuidemos uns dos outros.” – Homilia de início de pontificado

Papa Francisco

Ele lavou os pés de presidiários e pessoas de outras religiões, abraçou doentes, visitou campos de refugiados e levou a presença da Igreja a lugares onde a esperança parecia estar adormecida.

Laudato Si: um clamor pela criação

Com a encíclica Laudato Si, o papa nos convidou a ouvir “o grito da terra e o grito dos pobres”. Ele nos lembrou que a ecologia não é apenas um tema ambiental, mas profundamente espiritual. Cuidar da criação é também cuidar de nós mesmos e das futuras gerações.

“Tudo está interligado, e isso nos convida a desenvolver uma espiritualidade da solidariedade global.” – Laudato Si

Papa Francisco

Amoris Laetitia: amor que acolhe

Em Amoris Laetitia, Francisco falou da beleza da vida familiar, mas também da necessidade de misericórdia e acolhida nas fragilidades. Ele mostrou que a Igreja deve ser mãe, e não um tribunal.

“Nenhuma família é uma realidade perfeita, mas é um caminho de crescimento.” – Amoris Laetitia

Uma fé com alegria, coragem e simplicidade

Francisco gostava de lembrar que a fé cristã não é peso, mas alegria. Seu sorriso, seu jeito afetuoso, sua espontaneidade conquistaram corações, mesmo fora da Igreja. Ele nos encorajou a viver a santidade no dia a dia, com gestos simples de amor, paciência e generosidade.

“A santidade não é feita de grandes gestos heróicos, mas de muitos pequenos gestos cotidianos.” – Gaudete et Exsultate

Papa Francisco

Um legado de esperança

Papa Francisco nos deixou, mas sua voz continuará ecoando: nas paróquias, nos lares, nas comunidades, nas periferias do mundo. Sua partida nos entristece, mas também nos impulsiona a continuar seu legado, com fé viva, com amor que se doa, com coragem para servir.

“Não deixemos que nos roubem a esperança.” – Evangelii Gaudium

Papa Francisco

Descanse em paz, querido Papa Francisco. Agora, do céu, intercede por nós, para que sigamos firmes na missão de construir uma Igreja mais próxima, mais humana, mais parecida com o coração de Jesus.

Rafael

Marido, pai e apaixonado por comunicação.